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4 dez

PGR x PPRA: Entenda a Importância do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais

A gestão da saúde e segurança no ambiente de trabalho é fundamental para proteger a integridade dos colaboradores e garantir a conformidade legal. Neste contexto, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e o antigo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) desempenham papéis essenciais. Confira os principais aspectos sobre o tema.

Conceitos Básicos

  • O que é PGR? O PGR é uma ferramenta obrigatória que estabelece diretrizes para identificar, avaliar e controlar riscos ocupacionais. Ele deve ser implementado por estabelecimento ou setor, conforme as exigências da NR-01.
  • Diferenças entre PGR e PPRA: Embora o PPRA tenha sido substituído pelo PGR, o novo programa amplia as obrigações, integrando mais elementos de segurança e saúde previstos em outras Normas Regulamentadoras.

Principais Elementos do PGR

1. Identificação de Perigos

  • Inclui a descrição dos perigos, possíveis lesões ou agravos à saúde, e as fontes ou circunstâncias que geram esses riscos.
  • Exemplo: agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.

2. Avaliação de Riscos Ocupacionais

  • Cada risco identificado é avaliado quanto à sua severidade e probabilidade, permitindo a classificação para adoção de medidas preventivas.

3. Inventário de Riscos

  • Documento essencial do PGR, que deve ser atualizado periodicamente e conter informações como:
    • Processos e ambientes de trabalho.
    • Caracterização das atividades.
    • Medidas preventivas existentes e sugeridas.

4. Plano de Ação

  • Detalha as medidas a serem implementadas para eliminar ou minimizar os riscos, acompanhadas de cronogramas e formas de monitoramento.

Matriz de Risco

O PGR utiliza ferramentas como a matriz 5x5 para priorizar ações com base no nível de risco. Exemplos de categorias:
  • Risco Crítico: Controle imediato necessário.
  • Risco Médio: Controle adicional, se viável.
  • Risco Irrelevante: Nenhuma ação necessária.

Medidas Preventivas e Proteção

1. Hierarquia de Controle de Riscos

  • Eliminação: Primeira opção sempre que possível.
  • Medidas Coletivas: Barreiras, ventilação, entre outros.
  • Medidas Administrativas: Rodízios, treinamentos.
  • EPIs: Última linha de defesa.

2. Ergonomia e Saúde Ocupacional

  • Realizar Avaliação Ergonômica do Trabalho (AET) quando necessário, conforme a NR-17, para prevenir lesões e melhorar as condições de trabalho.

3. Monitoramento e Auditorias

  • Exames ocupacionais periódicos e auditorias internas ajudam a verificar a eficácia das medidas implementadas.

Benefícios da Implementação do PGR

  1. Conformidade Legal: Evita multas e interdições por órgãos fiscalizadores.
  2. Saúde e Segurança: Reduz acidentes e doenças ocupacionais.
  3. Melhoria Contínua: Permite ajustes frequentes para acompanhar mudanças no ambiente de trabalho.

Insalubridade e Aposentadoria Especial

Trabalhadores expostos a riscos elevados podem ter direito a adicional de insalubridade ou aposentadoria especial, conforme as condições estabelecidas na legislação.

7 nov

Ruído Ocupacional: Entenda os Riscos e Como Proteger Sua Audição no Trabalho

AGENTE FÍSICO RUÍDO. LIMITE DE TOLERÂNCIA [NR 15]: 85 dB (A). FATOR DE DOBRA [NR 15]: 05 dB (A). FATOR DE DOBRA [FUNDACENTRO]: 03 dB (A). NÍVEL DE AÇÃO [NR 15]: 80 dB (A). VALORES ACIMA DO NÍVEL DE AÇÃO [NR 15]: 80 dB (A).
  • Implantar medidas de proteção coletiva e, se necessário, individual.
  • Realizar audiometrias na admissão, anuais e na demissão [validade de 120 dias].
AUDIOMETRIAS: Notificação por CAT e preenchimento de formulário SINAN.
  • Perda auditiva sugestiva de desencadeamento por níveis de pressão sonora elevados.
  • Perda auditiva sugestiva de agravamento por níveis de pressão sonora elevados.
INSALUBRIDADE: Exposição superior a 85 dB (A), sem adoção de medidas de proteção individual. APOSENTADORIA ESPECIAL: Exposição superior a 85 dB (A).
EXEMPLOS DE EXPOSIÇÃO DE GRUPOS HOMOGÊNEOS. Exposição inferior a 80 dB (A)
  • Audiometria desnecessária [pode realizar].
  • Insalubridade: não aplicável.
  • Aposentadoria especial: não aplicável [GFIP 01].
Exposição 80 – 85 dB (A).
  • Audiometria necessária.
  • Insalubridade: não aplicável.
  • Aposentadoria especial: não aplicável [GFIP 01].
Exposição superior a 85 dB (A).
  • Audiometria necessária.
  • Insalubridade: não aplicável, se uso de EPIS com adequada gestão.
  • Aposentadoria especial: aplicável [GFIP 04], mesmo com adequada gestão de EPIS.
O Supremo Tribunal Federal – STF, em sede de Recurso Extraordinário com Agravo [ARE 664.335], com repercussão geral reconhecida, considerou que nos casos de exposição do segurado ao agente nocivo ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do PPP, da eficácia do EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. A decisão passou a ter obrigatoriedade a contar de 12/02/2015, data da publicação na Ata de Julgamento no Diário da Justiça. Pagar insalubridade significa reconhecer a aposentadoria especial e desconsiderar a adoção de medidas de proteção individual, abrindo possibilidades de autuações por descumprimento de normativas legais.
NEUTRALIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE. NR 15 [NORMA REGULAMENTADORA 15].  ANEXO I = LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE. Exposição em jornada de trabalho diária de 08 horas, o limite de tolerância é de 85 dB[A]. Considerando como fator de dobra o valor de 05 dB[A], a dose 01 (100%) do ruído é este valor de 85 dB[A]; desta forma, a metade da dose (nível de ação para ruído) será 80 dB[A]. A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
  1. Medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
  2. Com a utilização de equipamento de proteção individual.
    INTERVENÇÃO SOBRE A FONTE EMISSORA.
  • Eliminação, modificação ou substituição de equipamentos, máquinas e ferramentas;
  • Manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos;
  • Isolamento ou amortecimento de superfícies vibrantes;
  • Mudanças na trajetória de transmissão do ruído (uso de enclausuramentos ou barreiras acústicas),
  • Redução da reverberação (uso de materiais absorventes),
  • Modificações nos ritmos e nos processos de operação,
  • Concepção e mudanças de layout dos locais de trabalho, como por exemplo, aumento da distância das fontes emissoras, redução da concentração de máquinas.
  • Redução dos efeitos e forças de impacto;
  • Mudanças para técnicas menos ruidosas de operação.
    REDUÇÃO DO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA NA TRANSMISSÃO.
  • Utilização das características de diretividade da fonte para obter uma orientação que ofereça alguma redução junto ao trabalhador;
  • Barreiras, silenciadores e enclausuramentos parciais ou completos;
  • Alteração das características acústicas do ambiente pela introdução de materiais absorventes;
  • Assentamento com materiais anti-vibrantes, isolamento do posto de trabalho do local de transmissão da vibração.
    CONTROLE DA EXPOSIÇÃO.
Outra forma de prevenir os efeitos nocivos da pressão sonora elevada é a redução do tempo de exposição do trabalhador; podendo ser utilizados, dentre outros, os seguintes métodos:
  • Reposicionamento do trabalhador em relação à fonte de níveis elevados de pressão sonora ou do trajeto da transmissão durante etapas da jornada de trabalho;
  • Posicionamento remoto dos controles das máquinas;
  • Enclausuramento do trabalhador em uma cabina tratada acusticamente;
  • Diminuição do tempo de exposição durante a jornada de trabalho;
  • Revezamento entre ambientes, postos, funções ou atividades;
  • Aumento do número e duração de pausas.MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. Os Equipamentos de Proteção Individual serão indicados nas seguintes circunstâncias:
    1. Por intervalos de tempos restritos à execução de determinadas tarefas durante a jornada de trabalho, ou seja, em situações específicas onde o trabalhador ficará exposto a níveis elevados de pressão sonora por curto período estando o restante do tempo em ambiente que não ofereça risco à saúde;
    2. Por período definido em caráter temporário, mediante acordo entre empregadores, sindicatos, comissões de fábrica e CIPA’S, enquanto medidas de redução dos níveis elevados de pressão sonora estão sendo adotadas;
    3. Quando houver indicação para o uso de EPI, como única opção viável para a redução do nível de pressão sonora elevada.
    Quando houver indicação para o uso de EPI, como única opção viável para a redução do nível de pressão sonora elevada, devem ser observados os seguintes aspectos:
    • A adequação do EPI ao trabalhador no que se refere às características do nível de pressão sonora, do conforto, e do tipo de função exercida, permitindo ao trabalhador a escolha, quando possível, do tipo de EPI adequado;
    • O período de utilização, que deve ser durante todo tempo de exposição;
    • O trabalhador deve receber informações sobre uso adequado e conservação;
    • O uso dos EPI’s descartáveis deve obedecer às recomendações do fabricante;
    O ambiente de trabalho e a exposição a níveis elevados de pressão sonora devem ser controlados de modo que o trabalhador possa dar continuidade às suas funções sem prejuízo adicional à sua saúde, na impossibilidade impõe-se o remanejamento (ambiental e/ou funcional). O protetor auricular tem por objetivo atenuar a potência da energia sonora transmitida ao aparelho auditivo. Alguns aspectos devem ser considerados quando da seleção dos mesmos:
    • Nível de atenuação que represente efetiva redução da energia sonora que atinge as estruturas da cóclea;
    • Modelo que se adeque à função exercida pelo trabalhador;
    • Conforto;
    • Aceitação do protetor pelo trabalhador.
    Prioritariamente as medidas de proteção devem ter caráter coletivo.
    SELEÇÃO DE PROTETORES AUDITIVOS.
De acordo com a NR 6 [equipamentos de proteção individual], a empresa deverá selecionar e indicar protetores auditivos tecnicamente adequados ao risco, para exposições acima dos limites de exposição previstos na NR 15 [atividades e operações insalubres]. Devem ser descritas as características da empresa e os critérios utilizados para a seleção dos protetores auditivos, entre os quais:
  1. Características do ambiente e atividade (nível de exposição, sujidade, temperatura, espaços restritos, perfil de utilização, compatibilidade com outros epis etc.);
  2. Características do usuário (anatomia, hábitos, características físicas);
  3. Características do protetor auditivo (formato, tamanho, atenuação, composição e durabilidade);
  4. Determinação do Nível de Redução de Ruído Requerido para atendimento ao limite de exposição;
  5. Nível de redução de ruído do protetor
  6. Determinação do Nível de Exposição com Proteção.
Os níveis de pressão sonora que atingem o trabalhador protegido devem ficar sempre abaixo do limite de exposição imposto pela NR 15. É desejável, para fins prevencionistas, que permaneçam abaixo do nível de ação conforme a NR 9, mas acima de 70 dB (A), com o intuito de se evitar a superatenuação, que pode dificultar a audição de sinais de alerta, veículos, equipamentos em movimento etc.
ADEQUAÇÃO AO USUÁRIO. É improvável que um único modelo de protetor auditivo se adapte bem a todos os usuários, seja por questões anatômicas, médicas ou outras. Deve ser escolhido o protetor auditivo que melhor se adapta a cada trabalhador. Se não for possível obter vedação satisfatória com um determinado tipo, modelo ou tamanho de protetor auditivo, deve-se buscar outras opções. Além disso, o conforto do usuário é um fator importante na aceitação de um protetor auditivo. Outros fatores que também influenciam na escolha são: dificuldade de comunicação, peso, transporte e guarda, higienização, uso de aparelhos auditivos, entre outros. TESTE DE VERIFICAÇÃO DE AJUSTE DE PROTETOR AUDITIVO. Toda vez que o usuário colocar o protetor auditivo antes de entrar na área de risco ou ajustá-lo quando já estiver no local, deve verificar o ajuste através de alguns testes como o de vazamento sonoro [o usuário deve observar que os sons da sua própria voz ou ao seu redor não devem ser percebidos tão altos quanto anteriormente] e deslocamento [no caso de protetores auditivos do tipo inserção, o usuário deve puxar levemente o protetor auditivo e ele não deve se mover facilmente].
GRAVIDEZ X RUÍDO. Segundo o artigo “Estudo da audição de crianças de gestantes expostas ao ruído ocupacional: avaliação por emissões otoacústicas – produto de distorção”, não foi observado prejuízo auditivo nas crianças de mães expostas ao ruído ocupacional durante a gestação em comparação as crianças de mães não-expostas. https://www.scielo.br/j/rboto/a/CF7rHZ9xz49DXtfgB6pTdzL/?lang=pt. Já um estudo promovido pelo instituto sueco de medicina do trabalho Karolinska Institutet apontou que crianças geradas por grávidas que trabalham em ambientes ruidosos têm 80% a mais de chance de ter problemas de audição. [Maternal Occupational Exposure to Noise during Pregnancy and Hearing Dysfunction in Children: A Nationwide Prospective Cohort Study in Sweden” publicado no Environmental Health Perspectives]. Conforme este estudo, as mulheres devem evitar expor-se a níveis altos de ruídos durante a gravidez. O mesmo incluiu acima de 1,4 milhões de crianças nascidas na Suécia entre 1986 e 2008. Os dados colhidos incluem ocupação das mães, hábitos tabagistas, idade, etnia, índice de massa corporal (IMC) licença maternidade e fatores socioeconômicos. A recomendação de órgão sueco responsável pelo ambiente de trabalho, The Swedish Work Environment Authority é que grávidas devem evitar níveis de ruídos acima de 80 decibéis (dB). Estudos recentes comprovam que ruídos de 60 a 80 decibéis (db) produzem estresse no feto e podem ser nocivos a sua saúde. Outras pesquisas afirmam ainda que a possibilidade de perda auditiva em crianças cujas mães foram expostas a ruídos maiores que 85 db, são de três a quatro vezes maiores que a de mães que foram expostas a Intensidade menores. A exposição ao ruído ocupacional a um nível igual ou maior que 85 db, por oito horas diárias, pode resultar no nascimento de bebês com baixo peso ou pior, interromper involuntariamente a gravidez. Por isso não se descarta a possibilidade de a exposição a altos níveis de ruídos ser um dos fatores que acarretam na infertilidade humana. Conforme as referências Children's health and the environment: A review of evidence, Ed. Tamburlini G. et al, EEA-WHO, 2002 e National Institute of Public Health Denmark. Health Effects of Noise on Children and Perception of the Risk of Noise. Bistrup ML, ed. Copenhagen, Denmark: National Institute of Public Health Denmark, 2001, 29., a exposição ao ruído e vibrações excessivas durante a gravidez podem resultar em perda auditiva de alta frequência no recém-nascido, pode estar associada à prematuridade e retardo do crescimento, embora a evidência científica permaneça inconclusiva. O papel do líquido amniótico ainda não está definido, nem quando ou quais as vibrações ou ruídos podem prejudicar o desenvolvimento do sistema auditivo do feto (cóclea, por exemplo). A preocupação com o sinergismo entre a exposição a drogas ototóxicas e ruídos permanece incompletamente definida. Existem estudos sobre a audição fetal datando de 1932 que exploram a reação do feto a ruídos externos, mas até hoje permanece incompletamente definidos. Conforme a publicação “A grávida e o trabalho”, redigido por Ângelo Guedelha e publicado em https://www.sogesp.com.br/media/1361/sogesp_137_gravida-e-o-trabalho_digital_v2.pdf, a exposição ao ruído excessivo tem mostrado relação com abortamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia. A exposição intrauterina ao ruído, principalmente no terceiro trimestre, relaciona-se a danos no desenvolvimento da audição e da linguagem do recém-nascido. Estudos conduzidos em ovelhas prenhes e em mulheres observaram que o nível de ruído de fundo intrauterino varia de 80 dB a 95 dB, considerando que os batimentos cardíacos maternos representam parcela importante dessa Intensidade. A fala materna aumenta o nível de pressão sonora intrauterina em 5 dB a 6 dB e a placenta, o líquido amniótico e as paredes uterina e abdominal maternas podem atenuar o ruído externo entre 15 dB e 20 dB; no entanto, em função do ruído de fundo, qualquer exposição traz incremento ao nível de pressão sonora para o feto. A chance de as crianças nascidas de mães expostas a nível de ruído > 85 dB durante a gestação apresentarem dano auditivo é significativamente maior (3-4 vezes) que para as não expostas.

5 nov

Novembro Azul: Cuide da Saúde Masculina e Previna o Câncer de Próstata

CÂNCER DE PRÓSTATA. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
  • Introdução – dados estatísticos.
  • Fatores de risco.
  • Sinais e sintomas.
  • Detecção precoce.
  • Toque retal.
  • Dosagem de PSA.
  • Diagnóstico.
  • Hiperplasia benigna de próstata.
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CAPACITAÇÃO: Dr. Cláudio Friedrich, CREMERS 18711, Médico do Trabalho, Especialista em Medicina do Trabalho pela AMB/ANAMT, com registro de especialidade RQE 22594, Especialista em Ergonomia, Pós-Graduado em Perícias Médicas.
INTRODUÇÃO. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Incidência maior também nos estados onde o acesso da população aos médicos e às tecnologias diagnósticas são mais fáceis. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Estimativa de novos casos: 71.730 (2022 - INCA) e Número de mortes: 16.301 (2021 - Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM). O desenvolvimento do câncer de próstata está relacionado sobretudo ao envelhecimento masculino. Apesar de poder ser diagnosticado em jovens, inclusive abaixo dos 40 anos, o risco aumenta significativamente após os 50 anos, correspondendo a 40% dos tumores nessa faixa etária. A idade média do diagnóstico da doença é de 69 anos, enquanto a do óbito, de 77 anos. A tabela a seguir mostra a chance (porcentagem) de diagnóstico de câncer de próstata nos próximos 10, 20 e 30 anos, de acordo com a idade atual. Risco (%) de diagnóstico de câncer de próstata, levando-se em conta a idade atual.
Idade atual 10 anos 20 anos 30 anos
30 anos 0,01 0,32 2,49
40 anos 0,31 2,52 8,30
50 anos 2,30 8,30 14,40
60 anos 6,62 13,36 16,11
70 anos 8,50 11,97

O QUE É A PRÓSTATA? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
FATORES DE RISCO. FATORES CAUSALMENTE RELACIONADOS, QUE PODEM AUMENTAR O RISCO. Idade: A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 60 anos. Câncer de próstata é raro em homens com idade inferior a 40 anos, aproximadamente 60% dos casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos. Raça: Câncer de próstata é mais prevalente em homens com ascendência africana ou caribenha, sendo menos frequente em asiáticos. Histórico familiar: parente de 1º grau com histórico de câncer duplica a chance. Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, podendo refletir tantos fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos relacionados ao estilo de vida de risco de algumas famílias. Alterações genéticas: Fatores genéticos como alteração nos genes BRCA 1 e 2 e ATM estão associados ao aparecimento em fases mais precoces da vida e casos de pior evolução prognóstica. Exposições ocupacionais: Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata. Obesidade: O excesso de peso corporal (sobrepeso e obesidade) está associado ao maior risco de câncer de próstata avançado. Alguns mecanismos biológicos têm sido propostos para explicar essa associação, como o metabolismo esteroide sexual desregulado, a hiperinsulinemia e níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias. No entanto, as evidências são limitadas. Fatores discutíveis: dieta [excesso de carne vermelha e laticínios ricos em gordura]; tabagismo; prostatite crônica; doenças sexualmente transmissíveis; tabagismo [os fumantes têm um risco aumentado de morte por câncer de próstata, ou seja, aqueles que desenvolvem a doença tem um prognóstico significativamente pior].
SINAIS E SINTOMAS. O câncer de próstata é uma enfermidade silenciosa na maioria das vezes pois apresenta crescimento muito lento, podendo levar anos para causar problemas mais sérios. Os sintomas locais podem acontecer por obstrução uretral causada pelo crescimento do tumor, com quadro parecido como o do crescimento benigno da próstata (jato urinário fraco, hesitação, intermitência, hidronefrose). Quando o tumor avança e provoca metástases é quando os sintomas e sinais ficam exuberantes. Geralmente isso se dá por dor óssea (sítio mais comum de metástase), dificuldade de deambulação por dor, anemia e caquexia. O câncer de próstata apresenta crescimento muito lento, podendo levar anos para causar algum problema mais sério. Os primeiros sintomas podem surgir durante o crescimento local, quando o tumor comprime a uretra (sintomas obstrutivos) ou impede o fluxo de urina, irritando a bexiga (sintomas irritativos); posteriormente, podemos ter sintomas invasivos em órgãos (metástases).
  • Sintomas obstrutivos: diminuição do jato urinário; gotejamento pós micção; sensação de micção incompleta; micção em 02 tempos.
  • Sintomas irritativos: aumento da frequência urinária; urgência miccional; aumento da frequência urinária noturna; incontinência urinária.
  • Sintomas invasivos do câncer de próstata invadindo órgãos vizinhos como a bexiga, ureteres ou reto e eventualmente os linfonodos da pelve e do abdômen que incluem: dor pélvica; sangue na urina; inchaço escrotal; dor lombar; inchaço nas pernas. A maioria das metástases à distância ocorre nos ossos, principalmente na coluna, quadril e costelas, o que pode ocasionar dor localizada nessas áreas.
  • Sintomas gerais: Nos casos mais avançados a doença causa fraqueza, anemia e reduz o apetite. Entretanto, sintomas podem estar relacionados a outras causas.
DETECÇÃO PRECOCE = DIAGNÓSTICO PRECOCE – RASTREAMENTO. A detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem-sucedido. A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) ou com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce). RASTREAMENTO: É aconselhado que todos os homens a partir dos 50 anos devam procurar um urologista para definir a rotina de avaliação, após discutirem suas vantagens e desvantagens. A avaliação deve ser feita através do toque retal e de dosagens sanguíneas de PSA. Aqueles com história de câncer de próstata na família (pai, irmãos, tios) e/ou da raça negra devem iniciar essa avaliação aos 45 anos, devido ao maior risco associado. Os exames de toque retal e dosagem de PSA não são conclusivos; desta forma, quando há alguma alteração no rastreamento, é necessária a realização de biópsia da próstata. TOQUE RETAL + DOSAGEM DE PSA.
  • A PARTIR DE 45 ANOS DE IDADE, SE HISTÓRICO FAMILIAR OU RAÇA NEGRA.
  • A PARTIR DE 50 ANOS DE IDADE PARA OS DEMAIS.
DIAGNÓSTICO PRECOCE: O diagnóstico precoce possibilita melhores resultados no tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como: dificuldade de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite; sangue na urina. Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados.
EXAME DE TOQUE RETAL. O toque retal possibilita identificar sinais de doenças na próstata, como prostatite (inflamação da próstata), hiperplasia (aumento da próstata) e câncer de próstata. O toque retal é um exame muito importante para detectar o câncer, pois, ao introduzir o dedo no ânus, o urologista consegue perceber a presença de um nódulo e até mesmo sentir a consistência da próstata. Identificando um tumor, o médico pede uma biópsia, que confirmará ou não a presença de um câncer. Para o exame de toque retal, o médico insere um dedo com luvas e lubrificado no reto do paciente para determinar qualquer inchaço ou áreas endurecidas na próstata que possam eventualmente ser um câncer. O câncer de próstata geralmente começa na parte posterior da glândula e, às vezes, pode ser sentido durante o toque retal. Esse exame pode ser desconfortável, principalmente para homens que têm hemorroidas, mas geralmente não é doloroso e dura apenas alguns minutos. O exame de toque retal é menos eficaz que o exame do PSA no sangue para a detecção do câncer de próstata, mas às vezes pode sugerir a possibilidade de câncer em homens com níveis normais de PSA.
EXAME DO ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA): O nível de PSA no sangue é medido em unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml). A chance de ter câncer de próstata aumenta à medida que o nível de PSA aumenta, mas não existe um ponto de corte definido que se possa afirmar com certeza se um homem tem (ou não) câncer de próstata. Muitos médicos definem o valor de PSA de 4 ng/ml ou superior para decidir se um homem pode precisar de mais exames, enquanto outros podem recomendar realizar outros exames a partir de um nível mais baixo, como 2,5 ou 3. A maioria dos homens que não tem câncer de próstata tem um nível de PSA abaixo de 4 ng/ml no sangue. Quando o câncer de próstata se desenvolve, o nível de PSA geralmente ultrapassa esse valor. Ainda assim, um nível abaixo de 4 não garante que o homem não tenha câncer. PSA < 04 ng/ml: cerca de 15% dos homens terão câncer de próstata se fizerem uma biópsia. PSA entre 04 e 10 ng/ml: cerca de 1 em 4 chances de ter câncer de próstata (25%). PSA superior a 10 ng/ml: a chance de ter câncer de próstata é superior a 50%. Fatores que afetam os níveis do PSA: uma das razões pela qual é difícil usar um ponto de corte definido para o PSA no diagnóstico do câncer de próstata é que vários outros fatores, além do câncer também podem afetar os níveis de PSA. Fatores que podem aumentar os níveis de PSA incluem:
  • Próstata aumentada.Condições como hiperplasia prostática benigna, aumento benigno da próstata que afeta muitos homens conforme envelhecem pode aumentar o nível do PSA.
  • Idade avançada. Os níveis de PSA normalmente aumentam lentamente com a idade, mesmo que não haja qualquer anormalidade na glândula.
  • Infecção ou inflamação da próstata, que pode aumentar o nível do PSA.
  • Ejaculação.Isso pode aumentar o nível do PSA por um curto período. Por essa razão alguns médicos sugerem que os homens não ejaculem um dia ou dois antes da realização do teste.
  • Andar de bicicleta.Alguns estudos sugerem que o ciclismo pode aumentar o nível do PSA por um curto período, possivelmente porque o assento pressiona a próstata.
  • Procedimentos urológicos. Alguns procedimentos clínicos, como biópsia, cistoscopia ou exame de toque retal, podem provocar um aumento no nível do PSA por um curto período.
  • O uso de hormônios masculinos, como a testosterona ou outros medicamentos que aumentam o nível da testosterona, pode provocar um aumento no nível do PSA.
Fatores que podem diminuir os níveis do PSA, mesmo que um homem tenha câncer de próstata:
  • Inibidores da 5-alfa redutase. Certos medicamentos usados ​​para tratar a hiperplasia prostática benigna ou sintomas urinários, como finasterida ou dutasterida, podem diminuir o nível do PSA. Esses medicamentos também podem afetar o risco de câncer de pró
  • Algumas misturas de ervas vendidas como suplementos alimentares podem mascarar o nível do PSA. Informe seu médico se estiver tomando algum tipo de suplemento, mesmo aqueles que não são necessariamente para a próstata.
  • Outros medicamentos.Algumas pesquisas sugeriram que o uso a longo prazo de certos medicamentos, como aspirina, estatinas e diuréticos pode diminuir o nível do PSA.
TIPOS DE EXAMES DE PSA. PSA livre. O PSA se apresenta de duas formas principais no sangue. Uma delas está relacionada às proteínas do sangue e a outra circula livre (não ligada). O PSA livre é a proporção de PSA que circula livre em comparação com o nível total de PSA. A porcentagem de PSA livre é menor em homens que têm câncer de próstata do que em homens que não têm a doença. Se o resultado do teste está na faixa limítrofe (entre 4 e 10), o PSA livre pode ser usado para decidir se o paciente deve fazer a biópsia da próstata. Um PSA livre mais baixo significa que a chance de ter câncer de próstata é maior e o paciente provavelmente deve fazer uma biópsia. Outros exames: PSA complexado; exames que combinam diferentes tipos de PSA; velocidade do PSA; densidade do PSA; intervalo do PSA específico por idade.  PERIODICIDADE DO EXAME DE PSA. Se o câncer de próstata não for detectado no rastreamento, o tempo entre futuros exames dependerá dos resultados do exame do PSA. ANUAL: Nível de PSA igual ou superior a 2,5 ng/ml [alguns médicos utilizam o valor de 4 ng/ml]. CADA 02 ANOS: Nível de PSA inferior a 2,5 ng/ml.
RESULTADOS ANORMAIS DO RASTREAMENTO. Se o resultado inicial no nível do PSA no sangue durante o rastreamento for mais alto do que o normal, isso nem sempre significa que o homem tem câncer de próstata. Muitos homens com níveis de PSA acima do normal não têm câncer. Ainda assim, serão necessários mais exames para verificar o que está ocorrendo. O médico pode sugerir uma das opções:
  • Aguardar um pouco e refazer o PSA.
  • Fazer outro tipo de exame para verificar se o homem apresenta alguma alteração e posteriormente fazer uma biópsia da próstata.
  • Fazer uma biópsia da próstata para diagnosticar se o homem tem câncer.
É importante discutir todas as opções, incluindo os possíveis prós e contras, com o médico para escolher aquela com a que se sinta mais confortável. Alguns fatores que podem afetar sua escolha podem incluir: sua idade e estado de saúde geral; probabilidade de ter câncer de próstata, com base nos exames realizados até o momento; o próprio nível de conforto de esperar ou fazer mais exames. Repetindo o exame de PSA: O nível de PSA no sangue de um homem pode variar ao longo do tempo. Por essa razão, alguns médicos recomendam repetir o teste após um mês ou mais, se o resultado inicial for anormal. Essa é uma opção razoável se o nível do PSA estiver na extremidade inferior da faixa limítrofe (geralmente de 4 a 7 ng/ml). Para níveis mais altos do PSA o mais provável é que os médicos solicitem a realização de outros exames ou uma biópsia da próstata. Outros exames: Se o resultado inicial do PSA for anormal, outra opção é fazer outro tipo de exame para que o paciente e o médico tenham uma ideia da possibilidade de um câncer de próstata, e, portanto, se é necessário a realização de uma biópsia. Alguns dos testes que podem ser realizados incluem: Exame de toque retal, se ainda não foi realizado; um ou mais dos tipos de PSA, como o índice de saúde prostática (PHI), 4Kscore ou PSA livre ou outros exames de laboratório. Exame de imagem da próstata, como ressonância magnética ou ultrassom transretal. Biópsia da próstata Para alguns homens, a biópsia da próstata pode ser a melhor opção, principalmente se o nível inicial de PSA estiver alto. Na biópsia pequenas amostras da próstata são removidas e enviadas para análise em um laboratório de patologia. A biópsia é a única maneira de saber com certeza se um homem tem câncer de próstata.
DIAGNÓSTICO. Achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue podem sugerir a existência da doença. O diagnóstico de certeza do câncer é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata. O relatório anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente. A indicação de biópsia depende do toque retal e valores de PSA e de possíveis achados suspeitos no exame de RNM.
TRATAMENTO. Se o diagnóstico de câncer for confirmado pela biópsia, deve-se definir qual tratamento será instituído, o que dependerá do estágio da doença e das particularidades de cada paciente. O tratamento com radioterapia ou cirurgia cura ou controla a maioria dos tumores localizados. Tais modalidades terapêuticas apresentam riscos de efeitos adversos, principalmente nas funções sexual e urinária. O regime de observação vigiada (sem tratamento imediato) é uma alternativa em casos selecionados. Medicações para bloqueio hormonal da testosterona ou outras medicações e quimioterápicos podem ser alternativas de acordo com a extensão e as características da doença. Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.
HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA. CRESCIMENTO BENIGNO DA PRÓSTATA. A hiperplasia prostática benigna (HPB) torna-se muito mais frequente à medida que os homens envelhecem, especialmente depois dos 50 anos de idade. A causa exata não é conhecida, mas provavelmente envolve alterações causadas por hormônios, incluindo a testosterona e, especialmente, di-hidrotestosterona (um hormônio relacionado à testosterona). hiperplasia prostática benigna (HPB) inicialmente causa sintomas quando a próstata aumentada começa a bloquear o fluxo de urina. Primeiro, os homens podem ter dificuldade para iniciar a micção. A micção também pode dar a sensação de ter sido incompleta. Como a bexiga não esvazia completamente, os homens têm de urinar com mais frequência, geralmente durante a noite (noctúria). Além disso, a necessidade de urinar pode tornar-se mais urgente. O volume e a força do fluxo urinário podem diminuir notavelmente e a urina pode gotejar no final da micção. No toque retal, a próstata com hipertrofia benigna é percebida como aumentada, simétrica e lisa, mas não é dolorosa ao toque. A presença de áreas duras pode indicar câncer da próstata.
EM RESUMO. O CÂNCER DE PRÓSTATA É O SEGUNDO MAIS COMUM ENTRE OS HOMENS! FATORES CAUSALMENTE RELACIONADOS, QUE PODEM AUMENTAR O RISCO.
  • Idade: o risco aumenta significativamente após os 50 anos.
  • Raça: Câncer de próstata é mais prevalente em homens com ascendência africana.
  • Histórico familiar: parente de 1º grau com histórico de câncer duplica a chance.
  • Alterações genéticas: Fatores genéticos estão associados.
  • Exposições ocupacionais: Exposições a aminas aromáticas, arsênio, produtos de petróleo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer.
  • Obesidade: Está associada ao maior risco de câncer de próstata avançado.
SINTOMAS.
  • Sintomas obstrutivos: diminuição do jato urinário; gotejamento pós micção; sensação de micção incompleta; micção em 02 tempos.
  • Sintomas irritativos: aumento da frequência urinária; urgência miccional; aumento da frequência urinária noturna; incontinência urinária.
  • Sintomas invasivos do câncer de próstata invadindo órgãos vizinhos.
  • Sintomas gerais: Nos casos mais avançados a doença causa fraqueza, anemia e reduz o apetite. Entretanto, sintomas podem estar relacionados a outras causas.
TOQUE RETAL + DOSAGEM DE PSA.
  • A PARTIR DE 45 ANOS DE IDADE, SE HISTÓRICO FAMILIAR OU RAÇA NEGRA.
  • A PARTIR DE 50 ANOS DE IDADE PARA OS DEMAIS.