Agosto Laranja e Dourado
Agosto foi premiado com duas iniciativas importantíssimas. O laranja promove a informação e os cuidados com relação à esclerose múltipla, que atinge cerca de 35 mil brasileiros. O dourado refere-se à conscientização sobre a importância do aleitamento materno e da doação para bancos de leite.
Esclerose Múltipla.
A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Nessa condição, o sistema imunológico ataca a mielina, uma substância que reveste e protege os neurônios, comprometendo a transmissão de impulsos nervosos e causando diversos sintomas neurológicos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Os sintomas da EM são variados e podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da área do sistema nervoso central afetada. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Fadiga: Sensação de cansaço excessivo e persistente.
- Fraqueza muscular: Dificuldade em realizar movimentos e atividades cotidianas.
- Distúrbios sensoriais: Formigamento, dormência, choque elétrico ou perda de sensibilidade em diferentes partes do corpo.
- Problemas de visão: Visão dupla, embaçada ou perda parcial da visão.
- Distúrbios de coordenação: Dificuldade em andar, manter o equilíbrio e realizar movimentos precisos.
- Vertigem e tontura: Sensação de instabilidade e desequilíbrio.
- Dores: Dores musculares, articulares ou neuropáticas.
- Alterações cognitivas: Dificuldade em se concentrar, problemas de memória e alterações de humor.
EVOLUÇÃO/PROGNÓSTICO: A EM é uma doença crônica e imprevisível, com diferentes padrões de evolução. A maioria dos pacientes apresenta uma forma remitente-recorrente, com períodos de surtos (agudização dos sintomas) intercalados por períodos de remissão (melhora ou estabilidade dos sintomas). No entanto, ao longo do tempo, a doença pode progredir para formas mais incapacitantes. O prognóstico da EM varia muito de pessoa para pessoa e depende de diversos fatores, como o tipo de EM, a idade de início da doença, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Com o avanço dos tratamentos, a expectativa de vida dos pacientes com EM tem aumentado significativamente.
INCIDÊNCIA/PREVALÊNCIA: A prevalência da EM varia entre diferentes regiões geográficas e populações. Geralmente, é mais comum em países de clima temperado e em pessoas com ascendência europeia. A causa dessa variação ainda não é totalmente compreendida, mas fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos.
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico da EM é baseado em uma combinação de critérios clínicos, exames de imagem e análises de líquido cefalorraquidiano. Não existe um único exame que confirme o diagnóstico, sendo necessário um processo de avaliação cuidadosa por um neurologista. Podem ser solicitados exames complementares, como Ressonância magnética nuclear (RMN), a qual permite identificar lesões características da EM no cérebro e na medula espinhal.
ETIOPATOGENIA: A causa exata da EM ainda não é completamente conhecida, mas acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais que desencadeiam uma resposta autoimune no sistema nervoso central. A teoria mais aceita sugere que um processo inflamatório ataca a mielina, levando à desmielinização e à perda de função neuronal.
QUAIS SÃO AS CAUSAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA? O sistema imunológico desempenha um papel central na EM. Acredita-se que um desequilíbrio no sistema imunológico leve o corpo a atacar a própria mielina. Estudos genéticos identificaram genes que podem aumentar o risco de desenvolver EM, mas a genética não é o único fator determinante. Vários fatores ambientais estão associados à EM, incluindo algumas infecções virais, como o vírus Epstein-Barr; deficiência de Vitamina D; tabagismo; obesidade, especialmente na infância e adolescência, pode ser um fator de risco. Além dos fatores já mencionados, outros fatores podem aumentar o risco de desenvolver EM: Pessoas com parentes de primeiro grau com EM têm um risco maior; a EM é mais comum em regiões mais distantes do equador; mulheres são mais propensas a desenvolver EM do que homens; a prevalência da EM varia entre diferentes grupos étnicos.
ALEITAMENTO MATERNO.
O leite materno é o alimento ideal para os bebês, especialmente nos primeiros meses de vida. Ele oferece uma série de benefícios tanto para a criança quanto para a mãe.
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O BEBÊ:
- Proteção contra doenças: O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias.
- Melhor desenvolvimento: A composição do leite materno se adapta às necessidades do bebê em cada fase do crescimento, contribuindo para um desenvolvimento físico e neurológico mais saudável.
- Redução do risco de obesidade e doenças crônicas: Bebês amamentados têm menor risco de desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas na vida adulta.
- Fortalecimento do vínculo mãe-bebê: A amamentação promove o contato físico e emocional entre mãe e bebê, fortalecendo o vínculo afetivo.
A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE LEITE MATERNO:
- Nem todos os bebês podem ser amamentados pela própria mãe. Nesses casos, o leite materno doado é fundamental para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento saudável desses pequenos.
- Bebês prematuros e doentes: O leite humano é essencial para a recuperação de bebês prematuros e com baixo peso, pois contém nutrientes e fatores de crescimento específicos para suas necessidades.
- Prevenção de infecções: O leite materno doado ajuda a prevenir infecções hospitalares em recém-nascidos, reduzindo a mortalidade infantil.
- Incentivo ao aleitamento materno: A doação de leite humano incentiva outras mulheres a amamentarem seus próprios filhos, fortalecendo a cultura do aleitamento materno.
COMO DOAR LEITE MATERNO?
Para doar leite materno, é preciso entrar em contato com um banco de leite humano. A doadora passará por uma avaliação médica e receberá orientações sobre a coleta, armazenamento e transporte do leite. Qualquer quantidade de leite doado é importante! Mesmo pequenas quantidades podem fazer a diferença na vida de um bebê. Em resumo, o aleitamento materno é o padrão ouro para a alimentação infantil e a doação de leite humano é um ato de amor e solidariedade que salva vidas.
Para saber mais sobre os bancos de leite humano e como se tornar uma doadora, consulte o Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/banco-de-leite-humano
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