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3 set

FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAIS RELACIONADOS AO TRABALHO.

FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAIS RELACIONADOS AO TRABALHO. Se fizermos uma leitura detalhada da NR 01 em relação aos fatores de risco psicossociais, editando os textos para avaliar especificamente esta questão, veremos as seguintes considerações: a organização deve evitar ou eliminar os fatores de risco psicossociais que possam ser originados no trabalho; identificar os fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho e possíveis lesões ou agravos à saúde; avaliar os fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho, indicando o nível de risco; classificar os fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção; implementar medidas de prevenção; acompanhar o controle dos fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho. A organização deve considerar as condições de trabalho, nos termos da NR-17, incluindo os fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho. A organização deve avaliar os riscos ocupacionais relativos aos perigos identificados em seu (s) estabelecimento (s), de forma a manter informações para adoção de medidas de prevenção. A organização deve selecionar as ferramentas e técnicas de avaliação dos fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho que sejam adequadas ao risco ou circunstância em avaliação. A organização deve detalhar em documento os critérios das gradações de severidade e de probabilidade, os níveis de risco, os critérios de classificação de riscos e de tomada de decisão utilizados no gerenciamento dos fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho. Após a determinação dos níveis de risco, os riscos ocupacionais devem ser classificados para fins de identificar a necessidade de adoção ou manutenção de medidas de prevenção e elaboração do plano de ação. Para a probabilidade de ocorrência das lesões ou agravos à saúde decorrentes de fatores ergonômicos, incluindo os fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho, a avaliação de risco deve considerar as exigências da atividade de trabalho e a eficácia das medidas de prevenção implementadas. QUESTIONAMENTOS INICIAIS. Devemos nos preocupar com os riscos psicossociais no trabalho? Sim, muito. Quais as implicações da nova redação da NR 01, atualizada pela Portaria MTE 1419, que vai entrar em vigor em maio de 2025? Caso a organização não realizar a avaliação dos riscos psicossociais no trabalho, apresentando adequação de suas atividades em relação a questões de assédio moral, sexual, violência, diversidade e igualdade no âmbito do trabalho, com ações de manutenção ou de adequação, poderá ser responsabilizada por diversas patologias enquadráveis como sendo decorrentes de riscos psicossociais, conforme previsto na parte V [agentes e/ou fatores de risco psicossociais no trabalho] da lista A [agentes e/ou fatores de risco com respectivas doenças relacionadas ao trabalho] da Portaria GM/MS 1.999. O que nos traz a redação da Portaria GM/MS 1.999, sobre agentes e/ou fatores de risco psicossociais no trabalho? A Portaria 1.999, de 27/11/2023, do Ministério da Saúde, nos traz uma significativa lista de doenças que podem ser relacionadas com agentes e/ou fatores de risco psicossociais no trabalho, dentre as quais transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool, opiáceos, canabinóides, sedativos e hipnóticos, cocaína, cafeína, alucinógenos, uso de fumo, solventes voláteis, múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas; diversas patologias psiquiátricas, como transtornos delirantes, psicóticos, episódios depressivos; transtornos ansiosos, reações ao "stress" grave e transtornos de adaptação, estado de "stress" pós-traumático, transtornos de adaptação, suicídio e esgotamento (Burnout); patologias cardiovasculares, como isquemia cerebral, hipertensão, angina pectoris, infarto agudo do miocárdio; patologias endocrinológicas, como diabetes mellitus não insulinodependente e obesidade; neoplasia maligna do cólon, reto, mama e próstata. Em acréscimo, toda a lista de doenças classificáveis como podendo ser LER/DORT. Como dar atendimento a estas novas exigências? Na minha avaliação como médico do trabalho, especialista em ergonomia, para identificar os fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho e possíveis lesões ou agravos à saúde, além de avaliar os fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho, indicando o nível de risco, a ferramenta e técnica de avaliação dos fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho adequada a riscos psicossociais será a de aplicar um questionário específico voltado a questões de assédio moral, sexual, diversidade, igualdade e violência no trabalho, além de identificação e quantificação dos riscos psicossociais. Para detalhar em documento os critérios das gradações de severidade e de probabilidade, os níveis de risco, os critérios de classificação de riscos e de tomada de decisão utilizados no gerenciamento dos fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho, a utilização de um laudo ergonômico de “avaliação de fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho”, sob minha responsabilidade técnica. LAUDO DE AVALIAÇÃO DE FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO. RISCOS PSICOSSOCIAIS: Utilizados como referência os riscos psicossociais contemplados nas tabelas iniciais do E Social, onde temos nas versões 2.2, 2.2.01, 2.3 e 2.4 os riscos situações de estresse, situações de sobrecarga de trabalho mental, exigência de alto nível de concentração ou atenção e meios de comunicação ineficientes. Por fim, na versão 2.5, contidos os riscos excesso de situações de estresse; situações de sobrecarga de trabalho mental; exigência de alto nível de concentração, atenção e memória; trabalho em condições de difícil comunicação; excesso de conflitos hierárquicos no trabalho; excesso de demandas emocionais/afetivas no trabalho; assédio de qualquer natureza no trabalho; trabalho com demandas divergentes (ordens divergentes, metas incompatíveis entre si, exigência de qualidade versus quantidade, entre outras); exigência de realização de múltiplas tarefas, com alta demanda cognitiva; insatisfação no trabalho; falta de autonomia no trabalho. Abordadas, também, todas as possibilidades de ocorrência de assédio moral, assédio sexual e violência no trabalho; condições de diversidade e sobre igualdade no ambiente de trabalho. IDENTIFICAÇÃO DO RISCO NO PGR: Será considerado como existente o risco psicossocial para o grupo homogêneo de exposição se houver a identificação [no setor de trabalho deste grupo] de percentual superior a 20 a 60% de respostas positivas em relação a respostas negativas, conforme a exposição referida. Cálculo será fazendo a média simples das respostas positivas de cada percentual e verificando qual o índice final será considerado. Para este índice final será avaliado o percentual de respostas positivas.
  • Exposição eventual e intensidade considerada leve a moderada com respostas positivas > 60%.
  • Exposição habitual e intensidade considerada leve com respostas positivas > 50%.
  • Exposição habitual e intensidade considerada moderada com respostas positivas > 40%.
  • Exposição habitual e intensidade considerada alta com respostas positivas > 30%.
  • Exposição habitual e intensidade considerada excessiva com respostas positivas > 20%.
PROBABILIDADE [CRITÉRIOS PARA GRADAÇÃO]: Para fins de PGR, a probabilidade será identificada conforme os dados estatísticos dos riscos psicossociais [considerados como existentes pelos critérios adotados em relação à prevalência de respostas positivas de ser significativa ou não a existência dos riscos] sobre respostas complementares dos que responderam de forma positiva sobre sua ocorrência. Desta forma, teremos os índices de ser exposição eventual e intensidade considerada leve a moderada; exposição habitual e intensidade considerada leve; exposição habitual e intensidade considerada moderada; exposição habitual e intensidade considerada alta; exposição habitual e intensidade considerada excessiva. Para a probabilidade de ocorrência das lesões ou agravos à saúde decorrentes de fatores ergonômicos, incluindo os fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho, a avaliação de risco deve considerar as exigências da atividade de trabalho e a eficácia das medidas de prevenção implementadas; análise destes tópicos será realizada em acordo com estatísticas de questionamentos acerca de consideração [ou não] de que as medidas adotadas pela empresa para controle de assédio moral são adequadas e eficazes e sobre as estatísticas dos riscos psicossociais elencados neste documento. Caso as respostas sejam significativas em relação a medidas serem adequadas e eficazes, a adoção de medidas de controle estariam [em tese] sendo suficientes e teríamos a recomendação de serem mantidas; caso contrário, teríamos a necessidade de avaliação para definir estratégias de controle. GRAVIDADE [CRITÉRIOS PARA GRADAÇÃO]: Gradação de risco para os riscos psicossociais colocado como 03 em escala de 01 – 04, considerando que, conforme a Portaria GM/MS Nº 1.999, de 27/11/2023, temos na parte V da lista A (agentes e/ou fatores de risco psicossociais no trabalho) a relação destes agentes com diversas patologias de gravidade moderada a severa. METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO: A coleta de dados realizada através de um questionário estratificado por setores da empresa, denominado de “identificação e avaliação de fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho”, abordando os itens abaixo relacionados. Com os dados obtidos em número significativo de trabalhadores, ou seja, com significância estatística considerada para questionários respondidos por pelo menos 75% dos trabalhadores da empresa, realizada a análise dos dados estatísticos de cada resposta inserida no mesmo. O QUE PODEMOS IDENTIFICAR E AÇÕES A SEREM TOMADAS: Conforme previsão da nova redação da NR 01, objetivo será o de identificação de riscos psicossociais no ambiente de trabalho para posterior implementação de medidas para gerenciar esses riscos; também, avaliar a ocorrência de eventuais consequências destes riscos. Caso houver a identificação de riscos psicossociais e sua mensuração, serão indicadas medidas específicas para controle de excesso de situações de estresse relacionados ao trabalho; situações de sobrecarga mental no trabalho; exigência de alto nível de concentração, atenção e memória no trabalho; condições difíceis de comunicação no trabalho; conflitos hierárquicos excessivos no trabalho; demandas emocionais/afetivas excessivas no trabalho; considerações de assédio moral no trabalho; presença de demandas divergentes (ordens divergentes, metas incompatíveis entre si, exigência de qualidade versus quantidade, entre outras); exigência de realização de múltiplas tarefas, com alta demanda cognitiva no trabalho; considerações de insatisfação no trabalho ou considerações de falta de autonomia no trabalho. Também, após análise dos demais questionamentos acerca das condições psicossociais [referentes a tempo de atividades na empresa; faltas ao trabalho por problemas com o mesmo; carga de trabalho; interesse e satisfação com o trabalho; relação satisfatória com superiores hierárquicos e com colegas de trabalho; cobranças de trabalho adequadas; ritmo de trabalho adequado; consideração de que o trabalho é valorizado na empresa e que o colaborador gostaria de permanecer na empresa e interação social e apoio dos colegas], a emissão de parecer conclusivo e a indicação de medidas de adequação e controle a serem inseridas no PGR da empresa. ANEXO: AGENTES E/OU FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO. PORTARIA GM/MS Nº 1.999, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2023. ANEXO (Anexo LXXX à Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 2017). LISTA DE DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO. LISTA A - Agentes e/ou Fatores de Risco com respectivas Doenças Relacionadas ao Trabalho. Parte V: Agentes e/ou Fatores de Risco Psicossociais no Trabalho. Fatores psicossociais relacionados a gestão organizacional e/ou contexto da organização do trabalho e/ou característica das relações sociais no trabalho e/ou conteúdo das tarefas do trabalho e/ou condição do ambiente de trabalho e/ou interação pessoa-tarefa; e/ou jornada de trabalho e/ou violência e assédio moral/sexual no trabalho e/ou discriminação no trabalho; desemprego; risco de morte e trauma no trabalho (amputações e esmagamentos, queimaduras, choques elétricos de alta tensão, acidentes de trânsito, queda de alturas, explosões, afogamentos e outros; assaltos, assaltos/ataques à integridade física, entre outros): Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool; uso de opiáceos; uso de canabinóides; uso de sedativos e hipnóticos; uso de sedativos e hipnóticos - síndrome de dependência; uso da cocaína; uso de outros estimulantes, inclusive a cafeína; uso de alucinógenos; uso de fumo; uso de solventes voláteis; uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas; transtornos delirantes persistentes; transtornos psicóticos agudos e transitórios; episódios depressivos; transtorno depressivo recorrente; transtornos ansiosos, outros; reações ao "stress" grave e transtornos de adaptação; estado de "stress" pós-traumático; transtornos de adaptação; neurastenia; transtorno do ciclo vigília-sono devido a fatores não-orgânicos; lesões autoprovocadas intencionalmente (suicídio) e esgotamento (Burnout); distúrbios do ciclo vigília-sono; isquemia cerebral transitória não especificada; hipertensão essencial (primária); angina pectoris; infarto agudo do miocárdio; encefalopatia hipertensiva; úlcera péptica. Fatores psicossociais relacionados a gestão organizacional e/ou contexto da organização do trabalho e/ou característica das relações sociais no trabalho e/ou conteúdo das tarefas do trabalho e/ou condição do ambiente de trabalho e/ou interação pessoa-tarefa e/ou jornada de trabalho e/ou violência e assédio moral/sexual no trabalho e/ou discriminação no trabalho: Sinovites e tenossinovites; dedo em gatilho; tenossinovite estilóide radial [de Quervain]; sinovites e tenossinovites, outras; tenossinovites, não especificadas; transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo e a pressão; sinovite crepitante crônica da mão e do punho; bursite da mão; bursite do olécrano; bursites do cotovelo, outras; bursite pré-patelar; bursites do joelho, outras; transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso, uso excessivo e pressão; outros; transtorno não especificado dos tecidos moles relacionados com o uso, uso excessivo e pressão; fibromatose de fáscia palmar [Dupuytren]; lesões do ombro; capsulite adesiva do ombro; tendinite bicipital; tendinite calcificante do ombro; bursite do ombro; lesões do ombro, outras; lesão não especificada do ombro; síndrome do manguito rotador; entesopatias, outras; epicondilite medial; epicondilite lateral; entesopatias não classificadas em outra parte, outras; transtornos especificados dos tecidos moles, outros. Jornada de trabalho, problemas na organização e duração da jornada de trabalho; existência ou ausência de pausas durante o dia, diferente da hora das refeições; trabalho em turno e noturno; tipo e frequência de rotação dos turnos; número e frequência de horas extras mensais e duração e frequência de intervalos semanais; trabalho intermitente: Parada Cardíaca; hemorragia subaracnóide; hemorragia intracerebral; infarto cerebral; acidente vascular cerebral, não especificado como hemorrágico ou isquêmico.

Fatores psicossociais relacionados à jornada de trabalho (trabalho em turnos; trabalho noturno): Diabetes mellitus não insulino-dependente; Obesidade; Distúrbios metabólicos não especificados, outros.


27 ago

GESTÃO DE RISCOS PSICOSSOCIAIS NO PGR

Gestão de Riscos Psicossociais no PGR Conforme disponível em https://www.gov.br/trabalho-e-emprego, Governo Federal atualiza NR-01 para incluir riscos psicossociais. Decisão foi aprovada durante a 10ª Reunião Extraordinária da CTPP que focou na segurança e saúde no trabalho. A Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) realizou sua 10ª reunião extraordinária no dia 30 de julho de 2024, quando foram discutidos e aprovados pontos de pauta cruciais que impactam diretamente a regulamentação e a segurança no ambiente de trabalho. Um dos destaques é a recente atualização do Capítulo 1.5 da Norma Regulamentadora (NR-01), que trata do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), considerada a "norma mãe" das regulamentações laborais, fundamental para a proteção dos trabalhadores no Brasil. De Acordo com o diretor do Departamento de Segurança no Trabalho, da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Rogério Araújo, esse é um marco significativo para a segurança e saúde no trabalho. Segundo o diretor, a nova atualização introduz, pela primeira vez, a identificação de riscos psicossociais no ambiente de trabalho no texto da NR-01. Apesar de não haver consenso na inclusão pela representação dos empregadores, a representação do Governo, composta por quatro Ministérios e a de trabalhadores concordaram com a inclusão e com o avanço que a nova redação traz no sentido da melhor promoção de ambientes de trabalhos seguros e sadios. Esses riscos, que incluem fatores como assédio moral e sexual, são causas significativas de adoecimento entre os trabalhadores, gerando grandes prejuízos sociais e econômicos, especialmente no contexto pós-pandemia. "Os riscos psicossociais têm causado enormes impactos na saúde mental dos trabalhadores. Essa atualização da Norma é um passo importante para lidar com essa realidade", afirmou Rogério Araújo. A nova redação da norma obrigará as empresas a implementarem medidas para gerenciar esses riscos, garantindo que os colaboradores não adoeçam mentalmente devido à sobrecarga ou a ambientes tóxicos. As empresas deverão realizar avaliações contínuas dos riscos e estabelecer estratégias para prevenir situações de assédio e violência no trabalho. "A partir de agora, as empresas terão que fazer a gestão desses ambientes de trabalho para que eles não adoeçam o trabalhador mentalmente. Para que não haja excesso de sobrecarga de trabalho e para que seja garantido um ambiente de trabalho saudável", explicou o diretor do Departamento de Segurança no Trabalho. A NR-01 exige que as empresas elaborem e mantenham documentos de gestão de riscos e programas de gerenciamento de riscos à disposição para fiscalização. Esses documentos devem ser elaborados e estar disponíveis para a fiscalização quando solicitados, seja pela Inspeção do Trabalho, seja pela representação dos trabalhadores ou outros atores que atuam na fiscalização de segurança do trabalho. A entrada em vigor da nova NR-01 está prevista para ocorrer nove meses após sua publicação, permitindo tempo suficiente para que as empresas se adaptem às novas exigências. "Esse prazo permitirá que as empresas ajustem seus processos e implementem as avaliações necessárias para garantir a saúde e a segurança de seus trabalhadores", destacou Rogério Araújo. A questão do assédio moral e sexual nas empresas está em alta, com um número crescente de denúncias. A saúde mental dos trabalhadores também tem ganhado importância. "O governo tem uma preocupação muito grande com a segurança e a saúde do trabalhador, especialmente a saúde mental. Recentemente, a lista de doenças relacionadas ao trabalho foi atualizada pelo Ministério da Saúde, incluindo problemas de saúde mental", disse o diretor do Departamento de Segurança no Trabalho. RISCOS PSICOSSOCIAIS. Riscos psicossociais são fatores presentes no ambiente de trabalho que podem gerar estresse, sofrimento mental e, consequentemente, afetar a saúde física e mental dos trabalhadores. Eles estão relacionados à organização do trabalho, à gestão e às relações interpessoais no ambiente laboral. São todas as situações que expõem os trabalhadores a uma fragilidade mental, física, social ou ergonômica. Quais são os principais exemplos de riscos psicossociais?
  • Carga de trabalho excessiva: Demanda de trabalho além da capacidade do indivíduo.
  • Exigências contraditórias e falta de clareza nas funções: Quando as tarefas são mal definidas ou conflitantes.
  • Falta de participação na tomada de decisões: Quando o trabalhador não se sente parte do processo decisório.
  • Falta de controle sobre o trabalho: Quando o trabalhador não tem autonomia sobre como realizar suas tarefas.
  • Má gestão de mudanças organizacionais: Quando as mudanças são implementadas de forma abrupta ou sem o devido preparo dos colaboradores.
  • Assédio moral e sexual: Comportamentos agressivos, humilhantes ou discriminatórios.
  • Conflitos interpessoais: Desentendimentos e relações tensas entre colegas de trabalho.
  • Isolamento social no trabalho: Falta de interação social e apoio dos colegas.
Quais as consequências dos riscos psicossociais? Se não identificados e tratados, riscos psicossociais podem levar a problemas de saúde, como:
  • Síndrome de Burnout: Esgotamento físico e mental.
  • Depressão: Transtorno mental caracterizado por tristeza profunda e perda de interesse.
  • Ansiedade: Sentimento de preocupação excessiva e medo.
  • Doenças psicossomáticas: Doenças físicas causadas/agravadas por fatores psicológicos.
  • Aumento do absenteísmo: Frequentes faltas ao trabalho.
  • Aumento de rotatividade: Troca constante de empregados.
  • Diminuição da produtividade: Dificuldade em realizar as tarefas com eficiência.
Como prevenir e gerenciar os riscos psicossociais? A prevenção e o gerenciamento dos riscos psicossociais envolvem diversas ações, como:
  • Identificação dos riscos.
  • Promoção de um ambiente de trabalho saudável.
  • Treinamento dos gestores e colaboradores.
  • Implementação de programas de bem-estar.
  • Comunicação aberta e transparente.
  Discriminando a prevenção e gerenciamento:
  • Identificação dos riscos: Realizar avaliações periódicas do ambiente de trabalho para identificar os fatores de risco.
  • Promoção de um ambiente de trabalho saudável: Criar um ambiente de trabalho positivo, com boas relações interpessoais e oportunidades de desenvolvimento profissional.
  • Treinamento dos gestores e colaboradores: Oferecer treinamento para que todos reconheçam os riscos psicossociais e saibam como lidar com eles.
  • Implementação de programas de bem-estar: Oferecer programas de saúde mental, como meditação, yoga e terapia.
Comunicação aberta e transparente: Estabelecer canais de comunicação abertos para que os colaboradores possam expressar suas preocupações e sugestões.


6 ago

Agosto é Mês de Dupla Conscientização!

Agosto Laranja e Dourado

                Agosto foi premiado com duas iniciativas importantíssimas. O laranja promove a informação e os cuidados com relação à esclerose múltipla, que atinge cerca de 35 mil brasileiros. O dourado refere-se à conscientização sobre a importância do aleitamento materno e da doação para bancos de leite.

Esclerose Múltipla.

  A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Nessa condição, o sistema imunológico ataca a mielina, uma substância que reveste e protege os neurônios, comprometendo a transmissão de impulsos nervosos e causando diversos sintomas neurológicos.

  MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Os sintomas da EM são variados e podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da área do sistema nervoso central afetada. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Fadiga: Sensação de cansaço excessivo e persistente.
  • Fraqueza muscular: Dificuldade em realizar movimentos e atividades cotidianas.
  • Distúrbios sensoriais: Formigamento, dormência, choque elétrico ou perda de sensibilidade em diferentes partes do corpo.
  • Problemas de visão: Visão dupla, embaçada ou perda parcial da visão.
  • Distúrbios de coordenação: Dificuldade em andar, manter o equilíbrio e realizar movimentos precisos.
  • Vertigem e tontura: Sensação de instabilidade e desequilíbrio.
  • Dores: Dores musculares, articulares ou neuropáticas.
  • Alterações cognitivas: Dificuldade em se concentrar, problemas de memória e alterações de humor.

  EVOLUÇÃO/PROGNÓSTICO: A EM é uma doença crônica e imprevisível, com diferentes padrões de evolução. A maioria dos pacientes apresenta uma forma remitente-recorrente, com períodos de surtos (agudização dos sintomas) intercalados por períodos de remissão (melhora ou estabilidade dos sintomas). No entanto, ao longo do tempo, a doença pode progredir para formas mais incapacitantes. O prognóstico da EM varia muito de pessoa para pessoa e depende de diversos fatores, como o tipo de EM, a idade de início da doença, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Com o avanço dos tratamentos, a expectativa de vida dos pacientes com EM tem aumentado significativamente.

  INCIDÊNCIA/PREVALÊNCIA: A prevalência da EM varia entre diferentes regiões geográficas e populações. Geralmente, é mais comum em países de clima temperado e em pessoas com ascendência europeia. A causa dessa variação ainda não é totalmente compreendida, mas fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos.

  DIAGNÓSTICO: O diagnóstico da EM é baseado em uma combinação de critérios clínicos, exames de imagem e análises de líquido cefalorraquidiano. Não existe um único exame que confirme o diagnóstico, sendo necessário um processo de avaliação cuidadosa por um neurologista. Podem ser solicitados exames complementares, como Ressonância magnética nuclear (RMN), a qual permite identificar lesões características da EM no cérebro e na medula espinhal.

  ETIOPATOGENIA: A causa exata da EM ainda não é completamente conhecida, mas acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais que desencadeiam uma resposta autoimune no sistema nervoso central. A teoria mais aceita sugere que um processo inflamatório ataca a mielina, levando à desmielinização e à perda de função neuronal.

  QUAIS SÃO AS CAUSAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA? O sistema imunológico desempenha um papel central na EM. Acredita-se que um desequilíbrio no sistema imunológico leve o corpo a atacar a própria mielina. Estudos genéticos identificaram genes que podem aumentar o risco de desenvolver EM, mas a genética não é o único fator determinante. Vários fatores ambientais estão associados à EM, incluindo algumas infecções virais, como o vírus Epstein-Barr; deficiência de Vitamina D; tabagismo; obesidade, especialmente na infância e adolescência, pode ser um fator de risco. Além dos fatores já mencionados, outros fatores podem aumentar o risco de desenvolver EM: Pessoas com parentes de primeiro grau com EM têm um risco maior; a EM é mais comum em regiões mais distantes do equador; mulheres são mais propensas a desenvolver EM do que homens; a prevalência da EM varia entre diferentes grupos étnicos.

ALEITAMENTO MATERNO.

O leite materno é o alimento ideal para os bebês, especialmente nos primeiros meses de vida. Ele oferece uma série de benefícios tanto para a criança quanto para a mãe.

     BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O BEBÊ:

  • Proteção contra doenças: O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias.
  • Melhor desenvolvimento: A composição do leite materno se adapta às necessidades do bebê em cada fase do crescimento, contribuindo para um desenvolvimento físico e neurológico mais saudável.
  • Redução do risco de obesidade e doenças crônicas: Bebês amamentados têm menor risco de desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas na vida adulta.
  • Fortalecimento do vínculo mãe-bebê: A amamentação promove o contato físico e emocional entre mãe e bebê, fortalecendo o vínculo afetivo.

     A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE LEITE MATERNO:

  • Nem todos os bebês podem ser amamentados pela própria mãe. Nesses casos, o leite materno doado é fundamental para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento saudável desses pequenos.
  • Bebês prematuros e doentes: O leite humano é essencial para a recuperação de bebês prematuros e com baixo peso, pois contém nutrientes e fatores de crescimento específicos para suas necessidades.
  • Prevenção de infecções: O leite materno doado ajuda a prevenir infecções hospitalares em recém-nascidos, reduzindo a mortalidade infantil.
  • Incentivo ao aleitamento materno: A doação de leite humano incentiva outras mulheres a amamentarem seus próprios filhos, fortalecendo a cultura do aleitamento materno.

 

COMO DOAR LEITE MATERNO?

   Para doar leite materno, é preciso entrar em contato com um banco de leite humano. A doadora passará por uma avaliação médica e receberá orientações sobre a coleta, armazenamento e transporte do leite. Qualquer quantidade de leite doado é importante! Mesmo pequenas quantidades podem fazer a diferença na vida de um bebê. Em resumo, o aleitamento materno é o padrão ouro para a alimentação infantil e a doação de leite humano é um ato de amor e solidariedade que salva vidas.

   Para saber mais sobre os bancos de leite humano e como se tornar uma doadora, consulte o Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/banco-de-leite-humano