13 ago

Agosto é Mês de Dupla Conscientização!

Agosto Laranja e Dourado

                Agosto foi premiado com duas iniciativas importantíssimas. O laranja promove a informação e os cuidados com relação à esclerose múltipla, que atinge cerca de 35 mil brasileiros. O dourado refere-se à conscientização sobre a importância do aleitamento materno e da doação para bancos de leite.

Esclerose Múltipla.

  A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Nessa condição, o sistema imunológico ataca a mielina, uma substância que reveste e protege os neurônios, comprometendo a transmissão de impulsos nervosos e causando diversos sintomas neurológicos.

  MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Os sintomas da EM são variados e podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da área do sistema nervoso central afetada. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Fadiga: Sensação de cansaço excessivo e persistente.
  • Fraqueza muscular: Dificuldade em realizar movimentos e atividades cotidianas.
  • Distúrbios sensoriais: Formigamento, dormência, choque elétrico ou perda de sensibilidade em diferentes partes do corpo.
  • Problemas de visão: Visão dupla, embaçada ou perda parcial da visão.
  • Distúrbios de coordenação: Dificuldade em andar, manter o equilíbrio e realizar movimentos precisos.
  • Vertigem e tontura: Sensação de instabilidade e desequilíbrio.
  • Dores: Dores musculares, articulares ou neuropáticas.
  • Alterações cognitivas: Dificuldade em se concentrar, problemas de memória e alterações de humor.

  EVOLUÇÃO/PROGNÓSTICO: A EM é uma doença crônica e imprevisível, com diferentes padrões de evolução. A maioria dos pacientes apresenta uma forma remitente-recorrente, com períodos de surtos (agudização dos sintomas) intercalados por períodos de remissão (melhora ou estabilidade dos sintomas). No entanto, ao longo do tempo, a doença pode progredir para formas mais incapacitantes. O prognóstico da EM varia muito de pessoa para pessoa e depende de diversos fatores, como o tipo de EM, a idade de início da doença, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Com o avanço dos tratamentos, a expectativa de vida dos pacientes com EM tem aumentado significativamente.

  INCIDÊNCIA/PREVALÊNCIA: A prevalência da EM varia entre diferentes regiões geográficas e populações. Geralmente, é mais comum em países de clima temperado e em pessoas com ascendência europeia. A causa dessa variação ainda não é totalmente compreendida, mas fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos.

  DIAGNÓSTICO: O diagnóstico da EM é baseado em uma combinação de critérios clínicos, exames de imagem e análises de líquido cefalorraquidiano. Não existe um único exame que confirme o diagnóstico, sendo necessário um processo de avaliação cuidadosa por um neurologista. Podem ser solicitados exames complementares, como Ressonância magnética nuclear (RMN), a qual permite identificar lesões características da EM no cérebro e na medula espinhal.

  ETIOPATOGENIA: A causa exata da EM ainda não é completamente conhecida, mas acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais que desencadeiam uma resposta autoimune no sistema nervoso central. A teoria mais aceita sugere que um processo inflamatório ataca a mielina, levando à desmielinização e à perda de função neuronal.

  QUAIS SÃO AS CAUSAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA? O sistema imunológico desempenha um papel central na EM. Acredita-se que um desequilíbrio no sistema imunológico leve o corpo a atacar a própria mielina. Estudos genéticos identificaram genes que podem aumentar o risco de desenvolver EM, mas a genética não é o único fator determinante. Vários fatores ambientais estão associados à EM, incluindo algumas infecções virais, como o vírus Epstein-Barr; deficiência de Vitamina D; tabagismo; obesidade, especialmente na infância e adolescência, pode ser um fator de risco. Além dos fatores já mencionados, outros fatores podem aumentar o risco de desenvolver EM: Pessoas com parentes de primeiro grau com EM têm um risco maior; a EM é mais comum em regiões mais distantes do equador; mulheres são mais propensas a desenvolver EM do que homens; a prevalência da EM varia entre diferentes grupos étnicos.

ALEITAMENTO MATERNO.

O leite materno é o alimento ideal para os bebês, especialmente nos primeiros meses de vida. Ele oferece uma série de benefícios tanto para a criança quanto para a mãe.

     BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O BEBÊ:

  • Proteção contra doenças: O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias.
  • Melhor desenvolvimento: A composição do leite materno se adapta às necessidades do bebê em cada fase do crescimento, contribuindo para um desenvolvimento físico e neurológico mais saudável.
  • Redução do risco de obesidade e doenças crônicas: Bebês amamentados têm menor risco de desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas na vida adulta.
  • Fortalecimento do vínculo mãe-bebê: A amamentação promove o contato físico e emocional entre mãe e bebê, fortalecendo o vínculo afetivo.

     A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE LEITE MATERNO:

  • Nem todos os bebês podem ser amamentados pela própria mãe. Nesses casos, o leite materno doado é fundamental para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento saudável desses pequenos.
  • Bebês prematuros e doentes: O leite humano é essencial para a recuperação de bebês prematuros e com baixo peso, pois contém nutrientes e fatores de crescimento específicos para suas necessidades.
  • Prevenção de infecções: O leite materno doado ajuda a prevenir infecções hospitalares em recém-nascidos, reduzindo a mortalidade infantil.
  • Incentivo ao aleitamento materno: A doação de leite humano incentiva outras mulheres a amamentarem seus próprios filhos, fortalecendo a cultura do aleitamento materno.

 

COMO DOAR LEITE MATERNO?

   Para doar leite materno, é preciso entrar em contato com um banco de leite humano. A doadora passará por uma avaliação médica e receberá orientações sobre a coleta, armazenamento e transporte do leite. Qualquer quantidade de leite doado é importante! Mesmo pequenas quantidades podem fazer a diferença na vida de um bebê. Em resumo, o aleitamento materno é o padrão ouro para a alimentação infantil e a doação de leite humano é um ato de amor e solidariedade que salva vidas.

   Para saber mais sobre os bancos de leite humano e como se tornar uma doadora, consulte o Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/banco-de-leite-humano


16 jul

PGR e PCMSO para Empresas Terceirizadas: Entenda as Responsabilidades Legais

PGR e PCMSO de Empresas Terceirizadas: Entenda o que a Lei Exige Você gerencia empresas terceirizadas ou contrata serviços de terceiros? Então é essencial entender como funcionam as exigências legais relacionadas ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). A legislação brasileira, especialmente através da NR 01 e NR 07, impõe responsabilidades tanto para quem presta quanto para quem contrata serviços. O descumprimento pode gerar sanções legais, prejuízos financeiros e sérios riscos à saúde dos trabalhadores envolvidos.

⚖️ O que diz a legislação?

Para a contratante:
  • Informar à empresa terceirizada sobre os riscos ocupacionais do ambiente de trabalho;
  • Fornecer dados ambientais relevantes (agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes);
  • Incluir, quando necessário, as medidas de prevenção no seu próprio PGR.
Para a terceirizada:
  • Elaborar seu próprio PGR e PCMSO, com base nos riscos das atividades executadas;
  • Entregar o Inventário de Riscos Ocupacionais específicos à contratante;
  • Garantir que os documentos estejam disponíveis e compatíveis com a realidade do local de trabalho.

📌 Por que isso é importante?

Muitos profissionais ainda desconhecem que a responsabilidade pode ser solidária ou subsidiária — ou seja, a empresa contratante também responde pelos acidentes e exposições dos trabalhadores terceirizados. Além disso, a integração entre os documentos de ambas as partes é essencial para garantir a conformidade legal e a efetiva prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

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O Dr. Cláudio Luís Friedrich — médico do trabalho, especialista em ergonomia e perícias médicas — preparou um conteúdo completo com orientações práticas e fundamentos legais sobre o tema.

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8 jul

Julho Amarelo: Conscientização e Prevenção Contra as Hepatites Virais

Julho Amarelo é o mês oficial de luta e conscientização sobre as hepatites virais no Brasil. Instituída pela Lei nº 13.802/2019, essa campanha tem como principal objetivo alertar a população sobre os riscos das hepatites A, B, C, D e E — doenças silenciosas que podem evoluir para quadros graves, como cirrose e câncer de fígado.

O que são hepatites virais?

As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus. Muitas vezes, essas infecções não apresentam sintomas nas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Entre os principais tipos, destacam-se:

  • Hepatite A: Transmitida pela via fecal-oral e geralmente associada à falta de saneamento básico.

  • Hepatite B: Transmissão por contato com sangue ou fluidos corporais. Possui vacina eficaz.

  • Hepatite C: Também transmitida por sangue. Não há vacina, e pode evoluir de forma silenciosa.

  • Hepatite D: Ocorre apenas em quem já possui infecção pelo vírus da hepatite B.

  • Hepatite E: Associada ao consumo de água ou alimentos contaminados.

Prevenção é a melhor proteção

Durante o mês de julho, diversas ações são realizadas para promover a prevenção, testagem e tratamento das hepatites virais. Algumas medidas essenciais para se proteger:

  • Vacinação contra hepatite A e B;

  • Uso de preservativos em todas as relações sexuais;

  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas e seringas;

  • Manter hábitos de higiene adequados, como lavar bem as mãos;

  • Realizar testes de diagnóstico, principalmente se houver fatores de risco.

Quem deve se testar?

Todos devem estar atentos, mas os grupos de maior risco incluem:

  • Pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993;

  • Usuários de drogas injetáveis ou inaláveis;

  • Profissionais da saúde;

  • Pessoas com múltiplos parceiros sexuais;

  • Gestantes (exame obrigatório no pré-natal).

A importância do diagnóstico precoce

Detectar a hepatite ainda nas fases iniciais pode evitar complicações graves e salvar vidas. Os testes são rápidos, gratuitos e estão disponíveis nas unidades de saúde pública de todo o país.

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